sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desânimo

Há alguns meses venho sendo tomada por um desânimo que não pára de crescer. E é em relação a quase tudo na vida. No trabalho joguei a toalha. A Firma nem me atormenta mais. Desisti de brigar por um ambiente mais profissional. Estou no piloto automático, em ponto morto. Só descendo a ladeira na banguela... Estou em metamorfose, me transformando num barnabé. Sempre adorei ano de copa de mundo. Esse ano queria ir para uma fazenda excluída do Luz para Todos. Falando nisso, e as eleições então?! Essa falta de um candidato descente para votar desanima qualquer um. Vou ter escolher entre o péssimo e o terrível, e ainda não sei qual opção é a menos pior. Votar em branco ou nulo é demais para mim. Pelo menos aquela novela insuportável das nove termina hoje! Tem dois meses que não lavo o carro. Não lembro quando foi a última vez que fiz as unhas. Depilação eu faço. A laser. Uma espécie de penitência e busca de absolvição pela dor extrema. Não aguento mais ir três vezes por semana ao supermercado e pensar todos os dias no que fazer para o almoço. Todo dia digo que vou começar a fazer caminhada amanhã. Só que amanhã, quando chega, vira hoje e a promessa continua para amanhã. E essa falta de grana... Minha filha tirou notas baixas em história, geografia e ciências. As matérias que eu mais detestava na escola. Cá estou eu de volta à 5ª série. Tenho que estudar de novo, ensinar a fazer resumo e dizer que essas matérias são deliciosas. Até que ontem a Mesopotâmia me pareceu mais interessante do que há uns 20 anos. Desde que comecei a pós-graduação, com aulas sextas à noite e aos sábados o dia inteiro, nunca mais tive sexta-feira, meu dia da semana preferido. Agora, depois de quinta vem quarta-feira. Fui obrigada a dar mais valor ao domingo, um dia que sempre desprezei. Gostava mesmo era de sexta e sábado. É isso. Preciso desses dois dias de volta para rever amigos que adoro, ir ao cinema, teatro, tomar várias cervejas e deixar o domingo para o que ele serve de fato: para nada. No máximo uma missa, almoço com a família e jogo do Flamengo esparramada na cama ou no sofá.

Uma notinha de rodapé. Estava vendo um jogo esses dias e minha filha, querendo uma atenção que não dei, reclamou: “que droga, parece que tenho dois pais”.

Um comentário:

  1. anima-te amiga! Vamos tomar um café qq dia desses. Minha vida está um puxadão (como sempre heheeh) mas está às vésperas de uma mudança radical. tenho novidades. Se quiser saber, call me!
    E aí a gente marca algo... no Domingo, pode ser (rs)
    bjbjbjb
    ///~..~\\\

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