terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobrevivendo ao mês de dezembro

Acho fim de ano uma chatice sem fim. Logo no início de dezembro tem meu aniversário. Já gostei da data, mas há algum tempo acho um saco aumentar a idade todos os anos. Ou seja, ficar mais velha mesmo. Ainda tem o aborrecimento da cobrança da comemoração. Pessoas à minha volta acham o fim da picada eu não querer comemorar e logo acham que estou infeliz ou deprimida. Não é nada disso! Sempre faço algo por obrigação, nunca por prazer, para evitar chateações ainda maiores. Aí vem toda a paranóia do Natal. Apelos de compras pra tudo que é lado. Na grande maioria dos casos, compro presente por obrigação. Zero prazer. Acho um saco escolher presente por atacado, gastar dinheiro com isso, enfrentar o comércio lotado... Um saaaaaco!!! Tem ainda a arrumação da casa. Dessa chatice eu me desobriguei este ano. Dentro da minha casa, apenas um papai Noel no móvel da sala faz referência ao período. Foi comprado no ano passado e tirado do armário pela minha filha. Há oito anos consigo escapar das festinhas de confraternização da Firma. Este ano deletei todos os e-mails com mensagens de Natal sem ler. Agora tem a grande festa, a ceia de Natal. Já estou me preparando emocionalmente porque sei que será um festival de aborrecimentos. Como sempre, mas talvez esse ano ainda mais. Ainda tem a mudança do dia 31 de dezembro para o dia primeiro de janeiro. Não gosto de festas. Qual o problema nisso? Tenho razões de sobra para estar feliz e agradecer pelos meus 35 anos de vida, pela minha família, em especial pela minha filha maravilhosa, pelos meus amigos, pelo meu emprego, pelas minhas inúmeras conquistas - 2010 foi um ano incrível! Mas, para mim, essa celebração da vida não tem nada a ver com peru, leitoa, árvore enfeitada e muitas compras forçadas. Em meio a tantas obrigações chatas, fica difícil pensar na figura central de tudo isso que é Jesus. Não sobra tempo nem energia. Pelo menos tem a rabanada, para colocar um pouquinho de prazer nessa chatice toda. Vou rezar muito na noite de Natal, para agradecer e pedir perdão por detestar o mês de dezembro.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Indignação com médicos!

Médicos, de modo geral, precisam parar com a mania de achar que o tempo deles vale mais do que o dos demais mortais. É muito descaso! Hoje saí indignada de uma clínica porque tinha horário marcado para fazer um exame, mas não havia um médico no local. Tinha gente esperando há mais de uma hora. Isso é um desrespeito muito grande. Se não querem acordar cedo, porque marcam exame às sete da manhã? Saí da clínica com ódio, mas não deixei barato. Mandei o e-mail abaixo para o dono da clínica com o título: “Indignação com os médicos da Clínica da Mama”. Certamente alguém vai ler. Muito provavelmente vai dar em nada. Mas o meu recado foi dado.


Srs. médicos da Clínica da Mama,

Bom dia. Estive hoje, 03/12/2010, às 7h50 na Clínica da Mama para fazer uma ecografia. Infelizmente, saí sem realizar o exame porque às 8h não havia um único médico na clínica, sendo que havia pacientes aguardando desde 7h. Não consigo entender tamanho descaso e irresponsabilidade, principalmente por tratar-se de uma clínica particular. Não entendo porque os senhores têm a mania de achar que o tempo do médico é mais precioso do que o do resto da humanidade. Por que marcam e confirmam horário sabendo que não vão cumpri-lo? Os senhores têm conhecimento de que esse tipo de desrespeito com o paciente/cliente o desestimula a cuidar preventivamente da saúde? Eu não fiz minha ecografia e sabe Deus quando irei fazê-la. Uma coisa eu sei: eu não me submeto a esse tipo de descaso, pois o meu tempo também é precioso.

Atenciosamente,
Andréa Vieira

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma lady!

Apenas um pequeno registro, especialmente para o meu lHeitor. Fui cedíssimo ao Pão de Açúcar da 405N e todos nos comportamos muito bem: eu, a caixa, os outros consumidores... Comprei o que eu precisava, não demorou, não ataquei nem fui atacada por ninguém. Só fiquei puta com o preço da fraldinha maturada: pela hora da morte!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Preconceito

Esta semana participei de uma brincadeira interessante. Uma jornalista descolada resolveu perguntar no twitter: você tem preconceito contra o que? Bombou! As pessoas deixaram de lado a chatice do politicamente correto e mandaram ver. Rolou uma profusão de opiniões formadas antes ter os conhecimentos adequados – conceito de preconceito. Parecia confessionário. Ou terapia de grupo, coisa que, aliás, tenho muito preconceito. Teve gente que admitiu ter preconceito contra gordos, orientais, gaúchos (esse eu tenho!), paulistanos, evangélicos, eleitor do Serra, leitor da Veja, quem acha Beatles mais legal que Stones, até contra quem gosta de mortadela! Contra negros e nordestinos, ninguém arriscou. Talvez por medo de um processo. Sei lá. Bem, mas teve coisa bem interessante, que me fez descobrir ou atentar para preconceitos que tenho. Por exemplo, gente que gosta de música baiana, acha o carnaval de Salvador o melhor do mundo, vai a micaretas e sai na rua de abada recebe meu desprezo imediato. Vegetariano? Meto logo a pecha de chato! Quem só come capim não tem condições de ser uma pessoa bacana. O cara que tem uma Hilux ou carro do tipo sem ter fazenda? Pião! Gosta de Bruno e Marrone: brega e ignorante. Preconceito unânime: quem gosta de Paulo Coelho é um imbecil. Para mim, quem diz que “aaaaaama” Clarice Lispector é mentiroso ou um chato sombrio. Teve uma mulher que ficou brava quando tuitei isso. A foto não deixava dúvida: chata, sombria e, provavelmente, vegetariana. Muita gente demonstrou aversão por pessoas que têm carro tipo SUV e só andam sozinhas. Nesse caso eu não tenho preconceito, tenho inveja. O interessante nessa história toda é que a brincadeirinha revelou que temos mais preconceitos do que fios de cabelo e que devemos nos policiar para não permitir que opiniões preconcebidas (muitas vezes equivocadas) virem desrespeito com pessoas que mal conhecemos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De novo!

O Pão de Açúcar da 405 Norte está mais para o pão que o capeta amassou! Sempre rola um aborrecimento. Não sou eu que sou mal humorada! A gestão que é muito incompetente. Explico. Fui quarta de manhã fazer umas comprinhas rápidas para o almoço. Cheguei ao caixa. Sempre o caixa!!! Uns dez instalados e só DOIS (literalmente) funcionando. Um deles, caixa rápido. Como tinha mais de dez volumes, fui à única opção. Havia apenas uma criatura na fila, com apenas uma esfirra e um Halls. Perfect! Bom demais para ser verdade. A fofa estava pagando contas, com descontos e juros a calcular. A coitada da caixa do mercadinho de bairro, é claro, não tinha capacitação suficiente para exercer as atribuições de caixa de banco! É óbvio que essa porra demorou uma eternidade! A infeliz da cliente até me olhava um pouquinho constrangida e eu fazia questão de expressar no meu olhar fulminante toda minha indignação com ela, com a caixa, com mercado, com o mundo! Finalmente chegou minha vez. “Bom dia! Cliente mais?”, disse a caixa. “Bom dia, chame o gerente”, disse eu. Veio o sujeito, que disse ser o primeiro dia. Paguei-lhe um sapão. Pelo menos desta vez o garoto que estava atrás de mim elogiou, em alto e bom tom, minha atitude de reclamar. Mesmo assim, sai virada no cão e cheguei uma hora atrasada na Firma.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Papo calcinha

Dia desses li uma materinha, por recomendação de uma amiga, sobre uma praga inventada nos relacionamentos modernos que deram o nome de “namorido”. É óbvio que não estamos falando de um namorado carinhoso e fogoso que divide compromissos do dia-a-dia da amada. Trata-se um sujeito pra lá de folgado que reúne o pior das duas figuras: do marido e do namorado. É um cabra que ocupa a casa da namorada como se fosse da mãe dele, sente-se à vontade para passar o dia e noite dentro de um short xexelento, peida na sua frente sem a menor cerimônia, não fecha a porta quando vai ao banheiro, deixa roupas e sapatos espalhados e, de olho do futebol, pergunta o que tem para comer. Ou seja, a rigor, um marido sem um pingo de noção e adestramento. Paralelamente, a criatura não é muito de sair. Raramente está disposto a ir ao cinema, teatro ou jantar. Não é difícil imaginar que sexo com um ser desses deixa a desejar. Até entendo que existam homens assim. O que não compreendo é como uma mulher pode quer um traste desses. Mas não é esse o ponto mais estarrecedor, a meu ver, abordado no texto. A autora sugere que esse tipo de homem é aceitável, desde que meta uma reluzente aliança no dedo da Amélia. Como é que é? Excuse me! Hein? Vi na parte de comentários que havia quem concordasse com isso. Não pode ser que ainda estejamos tão atrasadas assim. Nunca fui feminista e adoro ser protegida. Entendo o gosto pelo conto de fadas do casamento na igreja, festa espetaculosa, vestidão de noiva, bem-casado... Só não consigo me ver nessa cena. Talvez por ser filha de pais separados ainda no início da década de 80, quando isso era bem incomum. Aos seis anos de idade, fui uma pioneira! Na verdade, as poucas vezes em que pensei no casamento tradicional, fui tomada por uma preguiça danada. Um desânimo... Desperdício de energia, tempo e dinheiro. Mas lua de mel eu acho legal. Por isso, não me casei. Juntei e viajei. Simples assim. E a vida a dois segue bem boa. Até tentei usar aliança, mas não rolou. Incomoda. Eu vivia tirando. Após perder a terceira, deixei isso pra lá. Dedo e alma estão livres. A falta de uma aliança, de um contrato assinado ou da foto em preto e branco na sala lembrando o glorioso dia do “sim” diante do altar me lembra diariamente que a única coisa que me mantém presa ao meu amor é a vontade de estar com ele. E vice-versa. É mais ou menos com se o casamento formal fosse um emprego público e o “juntamento” um emprego no setor privado. No primeiro, a estabilidade contratual leva a uma certa acomodação. É só fazer o básico que está tudo certo. No setor privado, é preciso ser bom todos os dias. Caso contrário, o pé na bunda pode vir a qualquer momento. Se o emprego vale a pena, esforçar-se diariamente para mantê-lo é um trabalho muito prazeroso.

Tá acabando!

Meu mau humor nessas eleições atingiu níveis tão elevados que é até difícil traduzir em palavras. Fui completamente dominada pela campanha do Serra. Estou cheia de ódio e absolutamente intolerante. Exatamente como ele queria, mas pelas razões inversas. Não entendo como um candidato pôde ir tão longe em nome de um projeto estritamente pessoal de poder. O cara botou na cabeça que quer ser presidente do Brasil, não importa como. Parece-me que, em nenhum momento, ele avaliou as consequências de fomentar o ódio religioso, a homofobia, a violência... E como mentiu! Não tenho nenhuma simpatia por Dilma. Mas avalio que sua campanha foi obrigada a despencar o nível para se defender. Afinal, houve sim a tentativa, no início, de fazer um programa focado em conquistas do governo Lula e avanços. Nem vou falar de corrupção em razão do empate técnico. O que mais me irrita e estarrece não é campanha em si, mas a militância da grande imprensa. Senti vergonha de ser jornalista. A cobertura foi tão tendenciosa que alguns jornais, como Folha e Estado de São Paulo, confessaram tardiamente em editoriais o que até o mundo mineral já sabia: eles eram Serra. Tudo bem. Nunca acreditei nessa história de imparcialidade da imprensa. Principalmente por tratar-se de um segmento empresarial com interesses políticos e econômicos bastante definidos, como praticamente todos os outros. Mas o apoio a Serra das quatro famílias que detêm o controle da imprensa no país foi longe demais. Consciente e deliberadamente, os jornalões não se intimidaram em inventar factóides, manipular dados, publicar notícia sabidamente falsa, dar crédito a fontes sem credibilidade nenhuma, omitir informações... Só pra lembrar en passant : ficha falsa de Dilma terrorista (A FSP sabia que era falsa e publicou assim mesmo); a quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra (foi só a Carta Capital lembrar que essa garotinha, junto com a amiguinha Verônica Dantas quebraram o sigilo de 60 milhões de Brasileiros, o “escândalo” morreu da noite pro dia, sem qualquer explicação); suposta denúncia na Veja de um suposto empresário que não era sequer funcionário da empresa que negou tudo o que o tal empresário disse que não disse... Um imbróglio daqueles que só a Veja dá conta de fazer. Teve ainda a escandalosa denúncia do empréstimo de R$ 5 bilhões no BNDES que nunca saiu. A fonte desse escândalo foi buscada na cadeia! E por aí vai... A da bolinha de papel assassina vai entrar para a história bizarra do jornalismo brasileiro. Enfim, foi um verdadeiro festival de abuso da liberdade de informação que assisti em estado de choque. Assisti. Não assisto mais. Até para preservar minha saúde física e mental, me limito a dar uma olhadinha nas manchetes dos sites na internet. TV, só a cabo. Warner, Discovery, Universal, Nick... É nos blogs que me informo e me conforto nesses tempos difíceis. Aliás, a internet é grande salvadora dessas eleições. Se por um lado a internet da vazão a panfletos odiosos dos dois lados, por outro, é o antídoto para veneno da grande imprensa, que viu suas historinhas forjadas serem desmontadas com extrema rapidez e competência na blogosfera. Viva a banda larga!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Voltei

Quanto tempo, né? No mês de julho estava de recesso da Firma. No mês de agosto, peguei licença capacitação para fazer monografia. Tanto tempo afastada da Firma resultou em felicidade quase plena! Ótimo humor quase todos os dias... Comprinhas no mercado eram quase uma diversão. Mas volto ao trabalho esta semana e o mau humor começa a bater na porta. Hoje só reclamei da falta de caixas no Pão de Açúcar. Mas fui quase uma lady! Porra, só tinha um caixa pra gente normal com mais de 15 itens. É... Coisas banais voltaram a me irritar. Hoje, que meu humor não estava lá grandes coisas, minha filha insistiu em me mostrar uma entrevista de Sabrina Sato com Justin Biba. Bombou no twitter. Carái véi! Só não matei aquela japa da 25 de Março porque estava longe. Puta que pariu!!! Odeio o Pânico. Para mim, é um programa de idiotas feito para imbecis. Não vejo, mas às vezes ouço falar. Nada é engraçado. Tudo é grotesco e de péssimo gosto. A mulher é uma vergonha nacional. E ela é feia. Meus brothers tarados como Catharino e Beto Cota, vamos combinar: ela é até gostosa, mas é bagaça. Estilo putuna de bordel de quinta. Não entra nem na categoria puta de semi-luxo. E a bicha é muito burra! Gente, como é possível uma mulher ficar rica, famosa, apenas explorando um corpo malhado e fazendo questão de demonstrar toda sua a burrice? Sem mais comentários. Mas isso me lembra outra situação. Ontem, domingão, minha mãe estava aqui em casa e vimos um pedaço do Faustão. Minha mãe acha as chacretes do Faustão o máximo. Para mim, é tudo puta! Mulher que ganha a vida semi nua rebolando na TV é puta! “Ah, mas elas são formadas em não sei o quê, já viajaram o mundo...”, diz minha mãe. “Tudo puta!”, digo eu. É por isso que minhas celulites, estrias, flacidez, olheira, cabelo ruim e peitos pequenos não me incomodam. São as marcas da dignidade!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Copa

Essa copa está insuportável! Não dá para assistir a TV Globo. Quanta materinha babaca! Repórter virou ator/comediante sem graça. Tudo agora virou Zorra Total. E essa mania infeliz de ficar inventando nominho cretino? Ronaldo Fenômeno, Império do Amor, e agora Fabuloso. Vão tomar no c...! E esse timeco do Dunga, então?! Quanta porcaria nessa copa. Ainda vem esses comentaristas dizer que o gol do Luis Fabiano foi o mais lindo da copa. Só se fosse no vôlei! Desde quanto gol roubado é lindo?! Só no país da sacanagem mesmo. As manchetes dos jornalecos falam em “mão Deus”. Deus não tem nada a ver com isso!!! Mas no país do jeitinho, gol ajeitado no braço é golaço. Como se não bastasse, o pastor paquito me faz uma molecagem daquela e é expulso por burrice. Ô vexame! Ainda bem que copa do mundo só ocorre de quatro em quatro anos e dura um mês.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Esforço

Aff, que semana! Está sendo como andar numa montanha russa sinistra que estive na Disney. O que o meu humor subiu e desceu desde quinta-feira não está no gibi. Mesmo nos momentos mais críticos, me apeguei ao princípio 90/10. Juro que só explodi uma vez. Nas outras 128 vezes segurei a onda. Meu comportamento no mercado essa semana foi digno de um Nobel da Paz. Na Firma, nem tanto. Mas como dá trabalho manter o humor estável na faixa azul! Tive que adotar uma série de medidas:

1) Não vejo mais jornal na TV. Não aguento mais ouvir falar em dossiê e copa.
2) Suspendi contato com um certo parente.
3) Não fico mais do que 45 minutos em mercado.
4) Na internet, não vou além das manchetes
5) Evito conversas sobre as sacanagens da Firma
6) Passo ainda mais tempo com minha filha
7) Tento fechar os olhos para o que não merece ser visto
8) Faço um esforço descomunal para manter minha língua dentro da boca fechada
9) Tenho rezado bastante
10) Vou dormir às 21hs

terça-feira, 1 de junho de 2010

90/10

Andei sumida porque há dias estou de ótimo humor. Além de a vida estar muito boa, um e-mail que recebi dia desses tem algo a ver com isso. Normalmente esses e-mails com mensagens encaminhadas me aborrecem. Geralmente os deleto após ler a primeira linha. Faço questão de quebrar correntes. Contudo, por obra e graça do acaso, li sobre o princípio 90/10 e mudei de vida. Stephen Covey afirma que 10% do que acontece na nossa vida estão relacionados com o que se passa com a gente, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como reagimos ao que se passa conosco. (A seguir, reproduzo e-mail, encurtando um pouco a conversa.)

O que isto quer dizer?

Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%.

Como? Com sua reação.

Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação.

Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal.

Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola.

Sua esposa vai pro trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso pro dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.

Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.

Pense: "Por que seu dia foi péssimo?"
A) por causa do café?
B) por causa de sua filha?
C) por causa de sua esposa?
D) por causa da multa de trânsito?
E) por sua causa?

A resposta correta é a E.

Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim. O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado". Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão.

Notou a diferença?

Duas situações iguais, que terminam muito diferentes.

Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação.

Esse e-mail me fez perceber que tenho administrado muito mal meus 90%, escolhendo a pior reação para contratempos banais. Desde que li sobre o 90/10, tenho controlado minhas reações. Ontem mesmo estive no Extra. O caixa travou com uma pessoa na minha frente. Não dei a mínima!

domingo, 23 de maio de 2010

Barraco 2

Barraco de novo no supermercado. Domingão, passei no Pão de Açúcar da 404 Norte. Comprei umas coisinhas. Dezessete volumes. Só havia dois caixas abertos: um caixa rápido para até dez volumes e um caixa preferencial. Caí na besteira de ir ao preferencial, que tinha só uma pessoa não preferencial na fila. Claro, chegou uma velhinha e deixei passar. Comentei com a caixa que eu tinha mais de dez volumes e não era preferencial. Ou seja, não havia caixa para mim. Ela me orientou a ficar lá. Quando comecei a passar minhas comprinhas, chegou uma grávida (pouco meses) e começou a reclamar de forma grosseira. Expliquei-me, constrangida. Enquanto passava meus 17 volumes, de repente apareceu uma multidão de preferenciais. Todos contra mim. A grávida continuou surtando, dizendo que estava passando mal e que para gente mal educada qualquer desculpa era válida. Aí veio um homem do nada, que nem na fila estava, e disse que eu estava errada e que o meu problema era falta de berço. Surreal! Justo eu, que sempre respeitei filas e boas maneiras. Até tentei argumentar, mas quanto mais eu falava mais a multidão de grávidas, idosos, portadores de necessidades especiais, anões, antropólogos, sociólogos, ambientalistas, petistas, demotucanos e outros se enfurecia. Até pensei em argumentar que era afrodescendente, mas percebi que não ia colar. E minhas compras não acabavam... Tive que aceitar as pedradas calada. Afinal, embora não estivesse de todo errada, sabia que não estava certa. Fiquei tão desnorteada, que nem sei quando deu a conta e como paguei, se crédito ou débito. Agora estou aqui desabafando e outras 15 pessoas estão em casa reclamando como tem gente mal educada que entra na caixa preferencial no supermercado e ainda acha que tem razão. Estou arrasada!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desânimo

Há alguns meses venho sendo tomada por um desânimo que não pára de crescer. E é em relação a quase tudo na vida. No trabalho joguei a toalha. A Firma nem me atormenta mais. Desisti de brigar por um ambiente mais profissional. Estou no piloto automático, em ponto morto. Só descendo a ladeira na banguela... Estou em metamorfose, me transformando num barnabé. Sempre adorei ano de copa de mundo. Esse ano queria ir para uma fazenda excluída do Luz para Todos. Falando nisso, e as eleições então?! Essa falta de um candidato descente para votar desanima qualquer um. Vou ter escolher entre o péssimo e o terrível, e ainda não sei qual opção é a menos pior. Votar em branco ou nulo é demais para mim. Pelo menos aquela novela insuportável das nove termina hoje! Tem dois meses que não lavo o carro. Não lembro quando foi a última vez que fiz as unhas. Depilação eu faço. A laser. Uma espécie de penitência e busca de absolvição pela dor extrema. Não aguento mais ir três vezes por semana ao supermercado e pensar todos os dias no que fazer para o almoço. Todo dia digo que vou começar a fazer caminhada amanhã. Só que amanhã, quando chega, vira hoje e a promessa continua para amanhã. E essa falta de grana... Minha filha tirou notas baixas em história, geografia e ciências. As matérias que eu mais detestava na escola. Cá estou eu de volta à 5ª série. Tenho que estudar de novo, ensinar a fazer resumo e dizer que essas matérias são deliciosas. Até que ontem a Mesopotâmia me pareceu mais interessante do que há uns 20 anos. Desde que comecei a pós-graduação, com aulas sextas à noite e aos sábados o dia inteiro, nunca mais tive sexta-feira, meu dia da semana preferido. Agora, depois de quinta vem quarta-feira. Fui obrigada a dar mais valor ao domingo, um dia que sempre desprezei. Gostava mesmo era de sexta e sábado. É isso. Preciso desses dois dias de volta para rever amigos que adoro, ir ao cinema, teatro, tomar várias cervejas e deixar o domingo para o que ele serve de fato: para nada. No máximo uma missa, almoço com a família e jogo do Flamengo esparramada na cama ou no sofá.

Uma notinha de rodapé. Estava vendo um jogo esses dias e minha filha, querendo uma atenção que não dei, reclamou: “que droga, parece que tenho dois pais”.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Adeus amigo

Quando escrevi mais cedo que esta sexta-feira estava com cara segunda no mês agosto, não imaginava que o dia seria tão terrível. Foi o dia que meu querido colega Fernando Freire decidiu sair de vez desse mundo que não o fazia feliz. Estou realmente muito triste. O Fernando foi meu parceiro de noites intermináveis na TV Globo. Éramos os repórteres da noite do Bom Dia DF. Saíamos da TV só depois de meia-noite, se tudo corresse bem. Lembro de um colega atencioso, do bem, calmo, tão elegante que o chamava de Lord. Até o Vianas, que chama todo mundo de "fudido" ou "fudida", o Fernando ele chamava de Príncipe. Ele foi produtor do Paulo Francis em Nova York por anos. Chique demais! Mesmo com tantas coisas legais na vida, ele tinha uma tristeza, uma angústia que estavam sempre com ele. Como todo lord, era discreto e reservado. Mas ficávamos muito tempo sozinhos à noite e como gostávamos um do outro, passar horas conversando foi inevitável. Como conversávamos muito à noite, conheci algumas de suas angústias e não dei força nenhuma quando ele cismou de fazer uma cirurgia terrível para mudar o sorriso gengival. Quanto mais ele me explicava o procedimento, mais eu implorava para ele não fazer aquela loucura. Mas o danado fez e ficou feliz da vida. E ficou lindo! O garoto que tinha vergonha de rir, ria o tempo todo! Mas como eu suspeitava, não era essa a raiz do problema. Encontrei o Fernando no ano passado, fazendo um concurso. Ele me pareceu bem feliz. Tinha se casado, estava bem no trabalho... Mas infelizmente não estava. E pegou toda a angústia que estava no coração, os problemas na cabeça e jogou tudo pela janela de um prédio na 303 Norte, quadra onde nós dois morávamos quando trabalhávamos juntos. Acabou. Torço do fundo do meu coração para que ele encontre um lugar que finalmente possa ser feliz e ficar em paz. Ele merece!

Preciso dar um tempo

Que sexta-feira com cara de segunda no mês de agosto! Parem esse mundo que eu quero descer! Mas quero voltar logo, assim que estiver mais calma. Tem uma propaganda que mexe muito comigo. Já tive até pesadelo com ela. É aquela em que o planeta Terra se sacode e elimina as pessoas que não fazem bem ao planeta. Joga a galera no espaço. O narrador diz: “Um dia a Terra pode querer se livrar de você”. Muito assustador. Captei a mensagem e tento agradar a Terra. Mas muitos terráqueos insistem em me desagradar. Juro que me esforço, mas o lado afrodescendente da força tem sido mais forte do que eu. Aí explodo em péssimo humor! Talvez esteja na hora de voltar a tomar um remedinho...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Barraco

Ah, o supermercado! Uma praga de lugar que tenho que ir pelo menos duas vezes por semana. Vou muito ao Big Box. Ruim, mas é pertinho de casa. Hoje fui a dois, pois não tinha tudo que eu precisava no primeiro. A lista de aborrecimentos que tenho no mercado é quase do mesmo tamanho da lista de compras. Já começa no estacionamento. Sabe aquele povo que dá só uma paradinha e atrapalha todo o trânsito? Esse povo me persegue e está sempre na minha frente. Dentro do mercado, peguei duas mangas e coloquei no saco de plástico, mas elas foram direto para o chão. Saco vagabundo! Até queria comprar carne, mas a fila estava enorme e apenas um açougueiro estava atendendo. Desisti. Como estava com pressa, peguei o que era urgente para o almoço, mais algumas coisinhas para o lanche e fui para o caixa. Ah, o caixa do supermercado! Todos cheios. Procurei a fila supostamente menor e fiquei lá. Havia um carrinho sozinho na frente. Até empurrei o carro abandonado em direção ao caixa. Sabia que o dono tinha ido ali rapidinho pegar alguma coisa que esqueceu. A cliente no caixa ao lado achou um absurdo e tirou o carro da fila. “Isso não se faz! Largar o carrinho na fila e continuar fazendo compras”, disse a mulher mais irritada do que eu, a vítima. Só que a dona que apareceu não esqueceu uma coisinha. Ela esqueceu outro carrinho lotado! Isso mesmo. Ela deixou um carrinho no caixa e quando apareceu foi com outro carrinho, da filha dela, que estava junto. Por que uma dessas duas infelizes não ficou no caixa com o carrinho e avisou que estava vindo outro? Por que isso aconteceu justo no meu caixa, com a mulher que estava na minha frente? Justo no dia em que estava atrasada?! As pessoas em volta ficaram indignadas. Uma até me ofereceu a frente. Agradeci e disse que respeitava as filas. Rolou um pequeno bate-boca entre as pessoas em volta e as duas mulheres. O funcionário do mercado se meteu a favor das duas e aí eu aloprei. “O carrinho estava sem ninguém e você não foi apenas buscar um macarrão. Ela chegou com outro carrinho! Então pare defender o que está errado!” Ainda bem que estava atrasada para ir à terapia. Não teria condições de ir a nenhum outro lugar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Não Vejo!

Veja? Não vejo há uns dois anos. Nadinha. Nem a lista dos livros mais vendidos, que costumava olhar e passei a desconfiar. Às vezes cruzo com uma capa no meio do caminho e desvio o olhar, igual faço com algumas pessoas. Só não consegui desviar daquela capa panfletária do Serra igual ao Obama na Time. Ridículo! Sem mais comentários. Isto É? Também não. Época? Às vezes dou uma espiadinha só pela internet em matérias de comportamento. Deixei de assinar e ler essas revistas em busca de qualidade de vida. Percebi que, quando o assunto é política (principalmente), essas publicações estão a serviço da desinformação. Na a faculdade aprendi que Veja era indispensável! Pois eu dispensei e vejo que não perdi nada. Informação de qualidade, contra e a favor de tudo, está na blogosfera. Lá a gente vai além da notícia e entra na sua análise. É como disse essa semana o ministro Carlos Ayres Britto: “ A imprensa regula o Estado e a internet se contrapõe à própria versão da imprensa sobre as coisas. A internet é o espaço da liberdade absoluta, para além da liberdade de imprensa.” O ministro do STF destacou ainda que a internet tem o mérito de mobilizar a sociedade de forma interativa. É isso mesmo. Mais legal do que a ler a notícia é ler os comentários. É um alento ver como muitos internautas recebem a notícia e percebem a construção da desinformação em alguns veículos, notadamente os maiores. Recentemente uma pseudo-denúncia da Folha de São Paulo (mais uma) foi desmontada na blogosfera em menos de 24hs. A irritação dos leitores é externada no ciberespaço e justifica a acentuada queda na venda de jornais. A guerra está suja! Tenho medo de abrir os jornais nesse ano eleitoral. Vejo-os como os “V”. Eles estão entre nós fingindo ser o que não são. Fingindo verdade, imparcialidade, apuração. Mas a internet está aí, livre de qualquer regulação, para abrir os olhos de quem quer enxergar. É a Quinta Coluna!

Voltei

Passei um tempo longe do blog. Não fui a lugar nenhum. Só estou de ótimo humor, com muita preguiça e com muito trabalho da escola. Bem feito! Por que diabos uma jornalista inventa de fazer pós-graduação em direito administrativo? Mas estou aguentando firme e tiro ótimas notas. Tem sido uma experiência ótima. Seria melhor se não tivesse aula sábado o dia inteiro. Mas está acabando...
CORREÇÃO: retifico esse "ótimas notas". Acabo de receber um MM.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Não adianta!

Comprei a cama que eu sempre quis. Por incrível que pareça, entregaram no dia combinado. Ontem lá estava eu deitadinha, quietinha na cama nova e paf! A cama de madeira supostamente excelente quebrou! Dei uma olhada e vi que o estrado reforçado tinha saído do lugar. O suporte é curto demais. Colocamos no lugar, mas o problema aconteceu de novo! Lá vou eu ligar para a loja e ter aborrecimento. Comprei um livro para minha filha pela internet na Livraria da Travessa. Paguei R$14 só de frete para receber o livro em um dia útil. Isso foi quarta-feira passada. Hoje é segunda-feira e nada do livro. Entrei em contato pelo sac da loja e li, em uma língua parecida com português, que um dia útil só passa a contar depois que o pagamento é aprovado, que o produto é retirado, embalado e então espera-se o dia de coleta dos correios... Agora é o colchão. Garantiram que entregariam hoje. Mas hoje é só amanhã. Problema com o caminhão. Alguém que só minha mãe sabe quem é ficou de buscar a cama velha hoje. Veio no sábado, mas não tinha ninguém em casa. Pelo menos uma coisa eu sei que é hoje e tenho certeza de que não vai mudar. HOJE é aniversário da minha filha linda, amada, querida, vitaminada, tchutchuca... Portanto, é um dia feliz! Não tem cama, colchão, livraria, pauta ruim que abalem o meu ótimo humor de hoje. Amanhã eu não garanto.

sábado, 24 de abril de 2010

Tá feia a coisa!

Ando muito mal humorada ultimamente. Há tempos minha paciência está no vermelho. Isso não é legal. Hoje aloprei com minha mãe, o que detesto e me deixa péssima. O motivo do estresse foi justamente o meu mau humor. Mas ela também nunca colabora. Vê que estou mal humorada e fica reclamando. “Você é nova demais para viver estressada desse jeito. Por que eu, quando tinha a sua idade blá blá blá”. Não dá, sabe?! É muita falta de noção ver o outro irritado e irritá-lo ainda mais. Tenha dó! Tenho uma vida ótima, que adoro e agradeço a Deus todos os dias, uma filha sensacional, um marido maravilhoso, uma família e muitos amigos que adoro... Tenho um emprego que não gosto mas que me paga direitinho sem exigir grandes esforços. Tenho a sorte grande de não ter problemas sérios. Mesmo assim, sempre fui uma pessoa que se irrita com muita facilidade. Tento melhorar. Faço terapia, desabafo aqui de mim para mim mesma. Dia desses minha filha e meu marido disseram que esse blog está é atiçando meu mau humor em vez de atenuá-lo. Será? Acho que não. Espero que não. Até porque se eu tivesse um blog chamado “Ótimo humor”, ele só não teria mais posts do que este porque quando estou de ótimo humor tenho mais o que fazer do que ficar na frente do computador. Sem dúvida, é assim na maior parte do tempo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fora Gilmar!

Volto a falar de Gilmar Mendes porque lembrei em detalhes de um momento histórico. Foi a primeira manifestação do movimento “Fora Gilmar! Por uma luz no Judiciário”. A manifestação foi toda organizada por anônimos pela internet. O anúncio correu de blog em blog, de twitter em twitter, de e-mail em e-emal. Alguns partidos e políticos tentaram pegar carona, mas não colou. É claro que a manifestação não atraiu uma multidão, mas foi linda, com um público bom que, sem dúvida, encheria várias kombis. Além do número razoável, a estratégia foi genial. Acendemos muitas velas no chão. A Praça dos Três Poderes ficou toda iluminada, parecia que tinha uma multidão. Foi realmente lindo! E a manifestação ocorreu justamente no dia e hora de uma festinha do estilo boca-livre-beija-mão do Conjur (um sitezinho de merda que nem vale pena comentar) no STF. É estranho mesmo revista eletrônica privada fazendo festinha no Supremo! Mas isso é café pequeno. Ficamos isolados por grades e tropa de choque da Polícia Militar. Mesmo assim, quem estava lá dentro da festinha confirmou que o barulho lá de fora, de onde eu estava com meu apito, era muito constrangedor. Altíssimo! Aquele monte de puxa saco ouvindo “Ô Gilmar Mendes/Que papelão/Soltar bandido sabendo que é ladrão!” Ouvi que a mulher do Mendes estava virada no cão! Com ódio daquela gentalha lá fora. Só que não era gentalha não. Além dos estudantes, obviamente os mais animados, percebi a presença de senhoras e senhores muito distintos, que ostentavam sinais claros de que não tinham nada a ver com gentalha. Solitariamente, peguei minha velinha acesa e fui me aproximando dos grupinhos para ouvir a conversa e identificar quem eram aqueles representantes da realeza. Alguns eram juízes e desembargadores, tinha também um grupinho de procuradores, muitos servidores do Judiciário de terno e gravata. Ou seja, uma gente bastante esclarecida que, diante de tantas atrocidades da gestão Mendes, saiu do seu conforto para externar seu desconforto com a condução do Poder do qual fazem parte. Foi a primeira vez que vi rico na rua fazendo manifestação. Foi a primeira vez na história desse país que um presidente do Supremo causou tanta indignação a ponto de levar o povo para as ruas em protesto. Aliás, uma raridade no mundo todo! Gilmar Mendes afundou o Judiciário na lama em que já patinava por conta de sua morosidade e regalias excessivas. A manifestação foi realmente um momento histórico. Toda imprensa estava lá. Todas as TVs mandaram cinegrafistas. Todos os jornais mandaram fotógrafos. A imagem era ótima. Mas não saiu em nenhum jornal.

Idade das Trevas

Hoje é um dia importante para o Judiciário. É o fim de uma era um tanto conturbada. É o fim da Era Gilmar Mendes. Assisti muitos de seus mandos e desmandos estarrecida. Nunca entendi bem como um déspota, falastrão, verborrágico, midiático, partidário e empresário corrupto conseguiu chegar ao STF, assumir sua presidência e fazer o que bem quisesse na mais alta corte do país, subjugando seus pares e ainda ser assustadoramente bajulado pela mídia. Ser apresentado como o defensor do tal Estado Democrático de Direito! Mais do que mal humorada, sempre fiquei muito indignada. Tão indignada que fui a duas manifestações contra ele na Praça dos Três Poderes. Felizmente esse período sombrio acabou. E para fechar com chave de ouro, o jornalista Leandro Fortes nos brindou com um texto brilhante que, para mim, é a melhor leitura da Era Mendes.

http://brasiliaeuvi.wordpress.com/

Gente folgada

ODEIO!!! Como eu odeio gente folgada! Gente que não assume suas responsabilidades, gente que bota filho no mundo e não cuida, gente que toma posse do alheio, gente que rouba mas faz e gente que acha isso uma virtude, gente que vê o mal feito e não faz nada, gente que fura fila, gente que não faz seu trabalho direito, gente que finge que faz o que deveria fazer, gente que quer ensinar o que não sabe, gente que se escora nos outros, gente que está sempre querendo levar vantagem, gente que empurra suas obrigações para os outros, gente que dá o telefone do trabalho para Deus e o mundo, gente que fecha o carro dos outros e desaparece como se tivesse estacionado o carro na vaga, gente que compra e não paga,gente que mente, gente que não cumpre sua obrigação. É claro que nenhuma gente desse tipo é minha amiga. Mas muita gente desse tipo cruza meu caminho todos os dias e me aborrece muito!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília

Sou completamente apaixonada por esta cidade! Aqui nasci há alguns anos e aqui quero morrer muitos anos pra frente. Adoro o traçado da cidade, os espaços amplos, o verde, o horizonte sempre visível... O céu é realmente lindo! O pôr do sol é deslumbrante... Lembro que quando era adolescente, ia para o telhado do prédio escondida (consegui uma chave) só para ver esse espetáculo. O céu ia mudando de cor... Cores muito fortes. Saia do azul, passava por várias tonalidades de alaranjado, ficava meio lilás até chegar ao breu. Um espetáculo!!! Quanto mais eu viajo, o que adoro, mais eu amo Brasília e tenho certeza de que aqui é o melhor lugar do mundo. Brasília é muito civilizada. É uma cidade de muitas oportunidades. Principalmente para jornalista. Quando não se vinga no setor privado, há sempre uma assessoria ou concurso público possível. Na minha família e fora dela, conheço inúmeras histórias de gente que chegou aqui puxando a cachorrinha e conseguiu se fazer na capital da esperança. Sem roubar! Foi trabalhando e estudando. Moradia é realmente muito cara. Mas há opções para todos os bolsos. Ainda é uma cidade segura. Ótimo lugar para criar filho. O trânsito é ruim no horário do rush, mas com boa vontade, é possível escapar desses horários. As pessoas são frias e isoladas? É verdade. Mas sempre paramos na faixa de pedestre sem reclamar! É prova de respeito ao próximo. Mesmo quem adora falar mal da cidade é obrigado a admitir que aqui a qualidade de vida é altíssima. Caso não fosse, o que esse ser estaria fazendo aqui?! Eu tenho algumas ressalvas quanto às obras de Oscar Niemeyer. Por hora, limito-me a pedir uma janela para colocar na minha sala na Firma. Mas hoje é dia de festa e não vou ficar reclamando. Para quem pensa em meter política nessa história de amor, só tenho uma coisa a dizer: a grande maioria da porcaria que está aqui veio de fora! Afinal, Brasília só tem 50 anos. Não pariu Roriz, Arruda, Sarney, Collor, Calheiros, Barbalho... Por outro lado, tenho o nome do blog a zelar. É claro que fiquei de péssimo humor hoje. Fui à Parada Disney. Roubada!!! Esperei horas debaixo de um sol de rachar, o desfile atrasou muito, fui muito empurrada, enfrentei fila e gente furando fila (é claro que briguei por causa disso) e lembrei, da pior forma possível, que detesto povão! Povão, só pela TV. Festa popular, nunca mais!

sábado, 17 de abril de 2010

Plantão

Todo fim de semana vejo colegas jornalistas do setor privado reclamando muito no twitter por serem obrigados a dar plantão. Quando trabalhava em redação, também reclamava muito disso. Aliás, foi essa uma das razões pelas quais vendi minha alma para o serviço público. Nessa época, em que era feliz e não sabia, sonhava em ter todos os finais de semana livres para fazer o que eu quisesse, de preferência nada. Folgar todos os sábados e domingos, todos os feriados, folgar no carnaval E na semana santa, no natal E no ano novo era um sonho dourado e distante, tipo ganhar sozinho na mega sena acumulada, ter apartamento vazado no “Prano Piloto”, casa na praia, depilação sem dor ... De tudo isso, hoje tenho as minhas folgas. Mais folgas até do que imaginei sonhar. E não vou mentir. Isso é bom demais da conta!

Perseguição

Depois que falei mal do Max Gehringer aqui, o cara deu pra me perseguir. Agora a qualquer hora que ligo o rádio, lá está ele. Fugi mais cedo da aula sexta à noite, por volta das 21h36, e pimba: Max Gehringer falando. Pensei: será que ele quer me dizer alguma coisa? Ouvi atentamente. Respondia e-mail de ouvinte desesperado do Nordeste que queria tentar a vida em Sampa. Achei a resposta honesta. Então resolvi dar a mão a palmatória e corrigir, meio a contra gosto, uma possível injustiça talvez feita no calor do extremo mal humor. O cara é consultor em carreira e mercado de trabalho. Suas observações, muitas vezes, são um alento para o profissional desiludido e até orientações úteis sobre o momento de fazer alguma ou de ficar quieto. Sobre a mal falada palestra, admito que ri algumas vezes, pouquíssimas, mas ri. Também reconheço que platéia lesa gostou muito. Pronto. Agora me deixe em paz!

Silêncio, por favor!

Ótimo dia para escrever aqui. Já estava mal humorada antes mesmo de acordar. O motivo é algo que me atormenta há tempos: a obrigação de conviver quase todo santo dia com quem eu não gosto. Uma gente que, por diversas razões, invadiu a minha vida contra a minha vontade e insiste num relacionamento que eu gostaria que não existisse. Uma gente que só de ouvir a voz já me dá um arrepio na espinha. A minha incompetência em lidar com isso tem me tornado uma pessoa um tanto ranzinza, cada vez mais isolada. Em muitas situações, limito-me a dar “bom dia” ou “boa tarde”. Tenho evitado o risco de emendar na pergunta automática “tudo bem?” É incrível como tem gente que não entende que a pergunta é retórica e adora responder, desfilando uma ladainha que não estou nem um pouco a fim de ouvir. Putz, como tem gente que faz isso! Aliás, como as pessoas falam! Falam abobrinhas sem se dar conta de que o outro, no caso eu, não quer escutar. Acho que essas pessoas que sentem tanta necessidade de falar deveriam criar um blog. Escrevem a bobagem que quiser, como eu, lê quem quiser, como você, comenta quem quiser e, assim, a poluição sonora do planeta é reduzida significativamente. Isso acontece muito na Firma. Como as pessoas falam! E falam alto! E falam juntas! E como falam bobagem! Ainda bem que a bateria do meu i-pod de 30 gigas dura muito!

A Firma 2

A Firma é uma fonte inesgotável de mal humor. A maior de todas! Aliás, o serviço público é muito deprimente. Muitos brasileiros sonham com um emprego público e estável, mas não imaginam o custo emocional que essa “conquista” implica. Quem já iniciou a vida profissional no serviço público, coisa muito comum em Brasília, não tem noção do tamanho da ineficiência e da mediocridade, da sacanagem mesmo. Essas pessoas não têm parâmetro para comparar. Mas quem já teve bons empregos no setor privado, como eu, sofre demais. Ressalto que bom emprego no setor privado está longe de apenas pagar um bom salário. Já fui muito feliz profissionalmente em locais que me pagavam muito mal, mas o trabalho era pura curtição. Para mim, ter um bom emprego é integrar uma boa equipe, com colegas competentes e comprometidos, com chefes qualificados, fazer um trabalho que dá orgulho, ser reconhecido pela dedicação e pelo resultado do trabalho realizado. Tudo isso é o extremo oposto do que tenho na Firma. Tenho que admitir. Vendi a alma ao diabo, ops, ao serviço público, em troca de salário razoável, carga horária pequena, bom plano de saúde, mais meia dúzia de dois ou três benefícios e a tão sonhada estabilidade. Realmente é muito bom ter total segurança para tocar projetos de longo prazo, embora até hoje não tenha colocado em prática nenhum. Mas o preço dessa segurança é bem salgado! O seguro do meu carro vence nos próximos dias. Como nunca usei, sempre fico na dúvida se vale a pena renovar. É igual ao meu emprego público. Sempre fico em dúvida se vale a pena continuar. Há seis anos renovo o seguro e continuo na Firma. Mas ainda me pergunto: vale a pena?

A Firma 1

Esta semana não postei nada. Não por falta de mau humor ou assunto. Foi falta de tempo mesmo. A semana foi cheia de trabalho e compromissos domésticos, maternais e pessoais. O pouco de tempo que sobrou dediquei à preguiça. Como a semana foi agitada! Principalmente na Firma. Após menos de um ano no cargo máximo do setor, chefe pediu demissão. Tivemos uma longa é ótima conversa. Resumindo os motivos do pedido de demissão ele soltou a seguinte frase: “Não tenho mais idade para ser infeliz no trabalho. Saio por amor próprio” Senti como se tivesse levado um soco. Por diversas razões. Inclusive por pensar no meu futuro na Firma. Lamentei a saída dele de verdade, principalmente por ocorrer tão pouco tempo depois de ter tido a oportunidade de conhecê-lo um pouco melhor. Pensei muito sobre o assunto. Concluí que uma grande diferença entre o comissionado e o servidor concursado é a coragem de chutar o balde. O detentor de um alto cargo de confiança antecipa uma saída que é tida como certa, mais dia menos dia. Antecipa a saída em nome da dignidade. O servidor tem muito mais a perder. É uma espécie de escravidão. É como um casamento em que a mulher fica com um marido rico que ela não gosta para ter segurança financeira, mas vive infeliz e oprimida. O marido não é de todo ruim. É distante, tem amantes, não te dá atenção. Por outro lado, é bom provedor, responsável, não é agressivo. Depois de uma certa idade, dar um pé na bunda desse marido e voltar para “guerra”, além de ser muito assustador, dá uma preguiça, um desânimo...

domingo, 11 de abril de 2010

SEM ASSUNTO

Apesar de ter sido acordada antes das oito da madrugada, estou de ótimo humor nesse domingão de muito sol. Por isso não tenho o que escrever por aqui. Pelos menos por enquanto. Dia de jogo Mengão x Vasquim é sempre motivo de tensão em casa. O tempo pode fechar.

sábado, 10 de abril de 2010

CQChata

Sou daquelas que quando ficam puta com alguma coisa, qualquer coisa, mando e-mail. Mando e-mail para o fabricante, para a loja, para o programa de televisão, para os amigos, faço comentário nos jornais e no blog dos outros, boto mensagem no twitter e agora escrevo aqui. Ninguém lê porra nenhuma, mas escrevo assim mesmo. Já disse que esse blog é uma terapia alternativa. Meu alvo da semana foi a mulherzinha insuportável do CQC. Não sei o nome dela nem vou pesquisar no google. Não importa. Só tem uma mesmo. No dia seguinte ao último programa, entrei no site do CQC e escrevi no “Fale no Conosco”. Adooooro Fale Conosco! Pô, o CQC é uma das pouquíssimas coisas que gosto de ver na tv aberta e vem essa mulher me irritar? Além de ser muito, mas muuuuito sem graça e ter aquele sotaque paulista do interior insuportável, a bicha é péssima fazendo entrevista. “Renan (Calheiros) você blá blá blá...” “Ô (presidente) Lula!” “Ô Dilma (Rouseff)!” “Patrus (Ananias) você acha que...” Que é isso minha filha? Tenha um pouquinho mais de respeito. Não importa se o cara do colarinho branco é mocinho ou bandido. Autoridade e idosos a gente chama de senhor e ponto final. Esse desrespeito e falsa intimidade soam muito mal. Sou chata mesmo! Os outros CQCs fazem isso. Ver o Danilo Gentili sacanear os parlamentares é uma delícia, até um alento. Ele faz isso com muita inteligência, demonstra que acompanha o noticiário político, o que torna suas perguntas ainda mais incômodas para os nossos congressistas. Ele fica ainda mais engraçado porque, além do talento, desmonta as autoridades com respeito e ELEGÂNCIA. Esse é o meu Proteste Já! Toda vez que essa moça tosca aparecer na minha tv vou mudar de canal.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CRIANÇAS MÁS

Minha filha não se cansa de me trazer situações inusitadas. Há dois anos ela me pediu 32 reais. Estava triste e muito séria.
- Pra que minha filha?
- Eu preciso.
- Eu preciso saber pra que.
- Se eu não der 32 reais pro fulano ele vai contar meu maior segredo pra todo mundo (disse quase chorando).
- Como é que é?
- É. Ele vai dizer pra todo mundo que eu gosto do Adalberto (nome fictício, claro! Nenhuma criança se chama Adalberto).
A negociação do preço para chegar em 32 reais foi surreal! Fui na escola. Conversei com a coordenadora e soube que o fulano estava exigindo dinheiro de vários coleguinhas para não contar os "podres" da galera. Resultado: uma peste de 8 anos foi condenada a pena de uma semana de suspensão por extorquir os coleguinhas. Soube também que ele já não era primário. Esse menino promete! Será que é filho do Arruda? Bem, essa semana minha filha me veio com mais uma inacreditável. De novo estava muito triste a apreensiva, quase desesperada.
- O que houve filha?
- Recebi uma ligação anônima no meu celular. A garota disse que se eu dedurasse a Duda de novo eu ia sair da escola de ambulância. Eu nem sei quem é Duda!

Fiquei tensa. Chegando em casa, peguei o celular dela, vi o número e liguei do meu celular. Quando me identifiquei, a menina desligou a ligação e o celular. Mandei uma mensagem: "Eu sou a mãe da menina de dez anos que você ligou ameaçando mandar para o hospital. Vou passar seu telefone para a direção da escola e pedir uma reunião com seus pais".
A menina mandou mensagem de volta dizendo que não estudava na mesma escola. Mandei de volta. "Ou vc me liga para eu falar com seus pais ou vou levar o caso para polícia. O que você fez é muito grave".
A menina:
"A senhora me desculpa. Eu liguei de novo para sua filha dizendo que era uma brincadeira sem graça. Eu também tenho 10 anos. Nem consigo abrir uma coca-cola sozinha".

Quando li essa da coca-cola, quase morri de rir. A menina mandou várias mensagens pedindo desculpa. Eu disse à minha filha que não ia ficar trocando mensagem com criança. Até que a menina me ligou, explicou a estória. Ela estava desesperada. Paguei um sapo, expliquei a gravidade da brincadeira e encerrei o caso.

Situações como essas explicam o ditado: " Ser mãe é padecer no paraíso!"

MAX GEHRINGER

Max Gehringer, aquele consultor de sei lá o quê que aparece no Fantástico e fala na CBN, tem grande responsabilidade pelo meu mau humor de hoje. Ontem assisti a uma palestra da figura aqui na “firma”. O bicho pegando, funcionários em depressão, sacanagem rolando solta e a política de RH é trazer Max Gehringer pra contar lorota. Parecia estar num episódio de Além da Imaginação. Foi um tanto insólito. Ele apresentou um powerpoint bem chinfrim com o nome dele. “Coloquei meu nome aí porque ninguém sabe onde enfiar o H.” Platéia lesa: hahahahahahahahaha. (Eu sei onde ele deve enfiar o H). Lorota vai, lorota vem, ele solta a pérola “porque homem não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo que nem as mulheres. Somos mono alguma coisa e as mulheres pluri alguma coisa”. Platéia lesada: hahahahahahahaha. Pensei em ir embora, mas sabia que se eu levantasse o cara ia fazer alguma gracinha sem graça. Resisti. Pensei: ele é mesmo um gênio. Não tem nenhum conhecimento técnico relevante, como o próprio admitiu (formado em administração por uma faculdade qualquer e meia dúzia de cursos no Senac) e ganha rios de dinheiro falando o óbvio e contando piada velha. Um gênio! Mas tirei um ensinamento importante dali, que veio não do Gehringer, mas da avó dele. Ele disse que ao chegar em casa depois do primeiro dia de trabalho no primeiro emprego a ‘nona’ perguntou “o pessoal gostaram de você?” Platéia lesa: hahahahahahahaha. Muito provavelmente a estorinha era invenção, mas pesquei algo de interessante nisso. “O PESSOAL GOSTARAM DE VOCÊ?”. Pensei muito sobre isso. Essa é a chave do sucesso. O pessoal tem que gostar de você. Numa rápida reflexão, lembrei que em todos os lugares onde fui feliz no trabalho o pessoal gostava de mim, não só os colegas, mas os chefes. Aqui na “firma” quase ninguém gosta de mim, nem os colegas muito menos os chefes. Sou ranzinza. Ninguém gosta de gente ranzinza, crítica e metida a besta. Agora que descobri a chave do sucesso, é só confeccionar a máscara.

APRESENTAÇÃO

Meu mau humor é tão grande que precisa ser desovado. Hoje cedo dirigi na faixa da esquerda a 40km/h para compartilhar meu mau humor com o mundo, mas não foi suficiente. Só cinco buzinaram. Brasília às sextas-feiras, antes das 9hs, nas imediações da Esplanada, é um deserto. No fim de semana vira cidade fantasma. Chego no trabalho, abro a internet, mais mau humor. Cansei de reclamar dos erros e bizarrices. Cansei de conspirar contra o universo com os amigos tão mal humorados quanto eu. Resolvi escrever. Desembucho e não alimento a fama de fazer o Muricy Ramalho parecer muito simpático quando comparado a mim. Essa é mais uma tentativa terapêutica de me tornar uma pessoa menos agressiva, já que terapia convencional associada ao uso de drogas lícitas e outras com restrições de uso não está adiantando. É assim que surge este blog.