segunda-feira, 26 de abril de 2010
Não adianta!
Comprei a cama que eu sempre quis. Por incrível que pareça, entregaram no dia combinado. Ontem lá estava eu deitadinha, quietinha na cama nova e paf! A cama de madeira supostamente excelente quebrou! Dei uma olhada e vi que o estrado reforçado tinha saído do lugar. O suporte é curto demais. Colocamos no lugar, mas o problema aconteceu de novo! Lá vou eu ligar para a loja e ter aborrecimento. Comprei um livro para minha filha pela internet na Livraria da Travessa. Paguei R$14 só de frete para receber o livro em um dia útil. Isso foi quarta-feira passada. Hoje é segunda-feira e nada do livro. Entrei em contato pelo sac da loja e li, em uma língua parecida com português, que um dia útil só passa a contar depois que o pagamento é aprovado, que o produto é retirado, embalado e então espera-se o dia de coleta dos correios... Agora é o colchão. Garantiram que entregariam hoje. Mas hoje é só amanhã. Problema com o caminhão. Alguém que só minha mãe sabe quem é ficou de buscar a cama velha hoje. Veio no sábado, mas não tinha ninguém em casa. Pelo menos uma coisa eu sei que é hoje e tenho certeza de que não vai mudar. HOJE é aniversário da minha filha linda, amada, querida, vitaminada, tchutchuca... Portanto, é um dia feliz! Não tem cama, colchão, livraria, pauta ruim que abalem o meu ótimo humor de hoje. Amanhã eu não garanto.
sábado, 24 de abril de 2010
Tá feia a coisa!
Ando muito mal humorada ultimamente. Há tempos minha paciência está no vermelho. Isso não é legal. Hoje aloprei com minha mãe, o que detesto e me deixa péssima. O motivo do estresse foi justamente o meu mau humor. Mas ela também nunca colabora. Vê que estou mal humorada e fica reclamando. “Você é nova demais para viver estressada desse jeito. Por que eu, quando tinha a sua idade blá blá blá”. Não dá, sabe?! É muita falta de noção ver o outro irritado e irritá-lo ainda mais. Tenha dó! Tenho uma vida ótima, que adoro e agradeço a Deus todos os dias, uma filha sensacional, um marido maravilhoso, uma família e muitos amigos que adoro... Tenho um emprego que não gosto mas que me paga direitinho sem exigir grandes esforços. Tenho a sorte grande de não ter problemas sérios. Mesmo assim, sempre fui uma pessoa que se irrita com muita facilidade. Tento melhorar. Faço terapia, desabafo aqui de mim para mim mesma. Dia desses minha filha e meu marido disseram que esse blog está é atiçando meu mau humor em vez de atenuá-lo. Será? Acho que não. Espero que não. Até porque se eu tivesse um blog chamado “Ótimo humor”, ele só não teria mais posts do que este porque quando estou de ótimo humor tenho mais o que fazer do que ficar na frente do computador. Sem dúvida, é assim na maior parte do tempo.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Fora Gilmar!
Volto a falar de Gilmar Mendes porque lembrei em detalhes de um momento histórico. Foi a primeira manifestação do movimento “Fora Gilmar! Por uma luz no Judiciário”. A manifestação foi toda organizada por anônimos pela internet. O anúncio correu de blog em blog, de twitter em twitter, de e-mail em e-emal. Alguns partidos e políticos tentaram pegar carona, mas não colou. É claro que a manifestação não atraiu uma multidão, mas foi linda, com um público bom que, sem dúvida, encheria várias kombis. Além do número razoável, a estratégia foi genial. Acendemos muitas velas no chão. A Praça dos Três Poderes ficou toda iluminada, parecia que tinha uma multidão. Foi realmente lindo! E a manifestação ocorreu justamente no dia e hora de uma festinha do estilo boca-livre-beija-mão do Conjur (um sitezinho de merda que nem vale pena comentar) no STF. É estranho mesmo revista eletrônica privada fazendo festinha no Supremo! Mas isso é café pequeno. Ficamos isolados por grades e tropa de choque da Polícia Militar. Mesmo assim, quem estava lá dentro da festinha confirmou que o barulho lá de fora, de onde eu estava com meu apito, era muito constrangedor. Altíssimo! Aquele monte de puxa saco ouvindo “Ô Gilmar Mendes/Que papelão/Soltar bandido sabendo que é ladrão!” Ouvi que a mulher do Mendes estava virada no cão! Com ódio daquela gentalha lá fora. Só que não era gentalha não. Além dos estudantes, obviamente os mais animados, percebi a presença de senhoras e senhores muito distintos, que ostentavam sinais claros de que não tinham nada a ver com gentalha. Solitariamente, peguei minha velinha acesa e fui me aproximando dos grupinhos para ouvir a conversa e identificar quem eram aqueles representantes da realeza. Alguns eram juízes e desembargadores, tinha também um grupinho de procuradores, muitos servidores do Judiciário de terno e gravata. Ou seja, uma gente bastante esclarecida que, diante de tantas atrocidades da gestão Mendes, saiu do seu conforto para externar seu desconforto com a condução do Poder do qual fazem parte. Foi a primeira vez que vi rico na rua fazendo manifestação. Foi a primeira vez na história desse país que um presidente do Supremo causou tanta indignação a ponto de levar o povo para as ruas em protesto. Aliás, uma raridade no mundo todo! Gilmar Mendes afundou o Judiciário na lama em que já patinava por conta de sua morosidade e regalias excessivas. A manifestação foi realmente um momento histórico. Toda imprensa estava lá. Todas as TVs mandaram cinegrafistas. Todos os jornais mandaram fotógrafos. A imagem era ótima. Mas não saiu em nenhum jornal.
Idade das Trevas
Hoje é um dia importante para o Judiciário. É o fim de uma era um tanto conturbada. É o fim da Era Gilmar Mendes. Assisti muitos de seus mandos e desmandos estarrecida. Nunca entendi bem como um déspota, falastrão, verborrágico, midiático, partidário e empresário corrupto conseguiu chegar ao STF, assumir sua presidência e fazer o que bem quisesse na mais alta corte do país, subjugando seus pares e ainda ser assustadoramente bajulado pela mídia. Ser apresentado como o defensor do tal Estado Democrático de Direito! Mais do que mal humorada, sempre fiquei muito indignada. Tão indignada que fui a duas manifestações contra ele na Praça dos Três Poderes. Felizmente esse período sombrio acabou. E para fechar com chave de ouro, o jornalista Leandro Fortes nos brindou com um texto brilhante que, para mim, é a melhor leitura da Era Mendes.
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/
Gente folgada
ODEIO!!! Como eu odeio gente folgada! Gente que não assume suas responsabilidades, gente que bota filho no mundo e não cuida, gente que toma posse do alheio, gente que rouba mas faz e gente que acha isso uma virtude, gente que vê o mal feito e não faz nada, gente que fura fila, gente que não faz seu trabalho direito, gente que finge que faz o que deveria fazer, gente que quer ensinar o que não sabe, gente que se escora nos outros, gente que está sempre querendo levar vantagem, gente que empurra suas obrigações para os outros, gente que dá o telefone do trabalho para Deus e o mundo, gente que fecha o carro dos outros e desaparece como se tivesse estacionado o carro na vaga, gente que compra e não paga,gente que mente, gente que não cumpre sua obrigação. É claro que nenhuma gente desse tipo é minha amiga. Mas muita gente desse tipo cruza meu caminho todos os dias e me aborrece muito!!!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Brasília
Sou completamente apaixonada por esta cidade! Aqui nasci há alguns anos e aqui quero morrer muitos anos pra frente. Adoro o traçado da cidade, os espaços amplos, o verde, o horizonte sempre visível... O céu é realmente lindo! O pôr do sol é deslumbrante... Lembro que quando era adolescente, ia para o telhado do prédio escondida (consegui uma chave) só para ver esse espetáculo. O céu ia mudando de cor... Cores muito fortes. Saia do azul, passava por várias tonalidades de alaranjado, ficava meio lilás até chegar ao breu. Um espetáculo!!! Quanto mais eu viajo, o que adoro, mais eu amo Brasília e tenho certeza de que aqui é o melhor lugar do mundo. Brasília é muito civilizada. É uma cidade de muitas oportunidades. Principalmente para jornalista. Quando não se vinga no setor privado, há sempre uma assessoria ou concurso público possível. Na minha família e fora dela, conheço inúmeras histórias de gente que chegou aqui puxando a cachorrinha e conseguiu se fazer na capital da esperança. Sem roubar! Foi trabalhando e estudando. Moradia é realmente muito cara. Mas há opções para todos os bolsos. Ainda é uma cidade segura. Ótimo lugar para criar filho. O trânsito é ruim no horário do rush, mas com boa vontade, é possível escapar desses horários. As pessoas são frias e isoladas? É verdade. Mas sempre paramos na faixa de pedestre sem reclamar! É prova de respeito ao próximo. Mesmo quem adora falar mal da cidade é obrigado a admitir que aqui a qualidade de vida é altíssima. Caso não fosse, o que esse ser estaria fazendo aqui?! Eu tenho algumas ressalvas quanto às obras de Oscar Niemeyer. Por hora, limito-me a pedir uma janela para colocar na minha sala na Firma. Mas hoje é dia de festa e não vou ficar reclamando. Para quem pensa em meter política nessa história de amor, só tenho uma coisa a dizer: a grande maioria da porcaria que está aqui veio de fora! Afinal, Brasília só tem 50 anos. Não pariu Roriz, Arruda, Sarney, Collor, Calheiros, Barbalho... Por outro lado, tenho o nome do blog a zelar. É claro que fiquei de péssimo humor hoje. Fui à Parada Disney. Roubada!!! Esperei horas debaixo de um sol de rachar, o desfile atrasou muito, fui muito empurrada, enfrentei fila e gente furando fila (é claro que briguei por causa disso) e lembrei, da pior forma possível, que detesto povão! Povão, só pela TV. Festa popular, nunca mais!
sábado, 17 de abril de 2010
Plantão
Todo fim de semana vejo colegas jornalistas do setor privado reclamando muito no twitter por serem obrigados a dar plantão. Quando trabalhava em redação, também reclamava muito disso. Aliás, foi essa uma das razões pelas quais vendi minha alma para o serviço público. Nessa época, em que era feliz e não sabia, sonhava em ter todos os finais de semana livres para fazer o que eu quisesse, de preferência nada. Folgar todos os sábados e domingos, todos os feriados, folgar no carnaval E na semana santa, no natal E no ano novo era um sonho dourado e distante, tipo ganhar sozinho na mega sena acumulada, ter apartamento vazado no “Prano Piloto”, casa na praia, depilação sem dor ... De tudo isso, hoje tenho as minhas folgas. Mais folgas até do que imaginei sonhar. E não vou mentir. Isso é bom demais da conta!
Perseguição
Depois que falei mal do Max Gehringer aqui, o cara deu pra me perseguir. Agora a qualquer hora que ligo o rádio, lá está ele. Fugi mais cedo da aula sexta à noite, por volta das 21h36, e pimba: Max Gehringer falando. Pensei: será que ele quer me dizer alguma coisa? Ouvi atentamente. Respondia e-mail de ouvinte desesperado do Nordeste que queria tentar a vida em Sampa. Achei a resposta honesta. Então resolvi dar a mão a palmatória e corrigir, meio a contra gosto, uma possível injustiça talvez feita no calor do extremo mal humor. O cara é consultor em carreira e mercado de trabalho. Suas observações, muitas vezes, são um alento para o profissional desiludido e até orientações úteis sobre o momento de fazer alguma ou de ficar quieto. Sobre a mal falada palestra, admito que ri algumas vezes, pouquíssimas, mas ri. Também reconheço que platéia lesa gostou muito. Pronto. Agora me deixe em paz!
Silêncio, por favor!
Ótimo dia para escrever aqui. Já estava mal humorada antes mesmo de acordar. O motivo é algo que me atormenta há tempos: a obrigação de conviver quase todo santo dia com quem eu não gosto. Uma gente que, por diversas razões, invadiu a minha vida contra a minha vontade e insiste num relacionamento que eu gostaria que não existisse. Uma gente que só de ouvir a voz já me dá um arrepio na espinha. A minha incompetência em lidar com isso tem me tornado uma pessoa um tanto ranzinza, cada vez mais isolada. Em muitas situações, limito-me a dar “bom dia” ou “boa tarde”. Tenho evitado o risco de emendar na pergunta automática “tudo bem?” É incrível como tem gente que não entende que a pergunta é retórica e adora responder, desfilando uma ladainha que não estou nem um pouco a fim de ouvir. Putz, como tem gente que faz isso! Aliás, como as pessoas falam! Falam abobrinhas sem se dar conta de que o outro, no caso eu, não quer escutar. Acho que essas pessoas que sentem tanta necessidade de falar deveriam criar um blog. Escrevem a bobagem que quiser, como eu, lê quem quiser, como você, comenta quem quiser e, assim, a poluição sonora do planeta é reduzida significativamente. Isso acontece muito na Firma. Como as pessoas falam! E falam alto! E falam juntas! E como falam bobagem! Ainda bem que a bateria do meu i-pod de 30 gigas dura muito!
A Firma 2
A Firma é uma fonte inesgotável de mal humor. A maior de todas! Aliás, o serviço público é muito deprimente. Muitos brasileiros sonham com um emprego público e estável, mas não imaginam o custo emocional que essa “conquista” implica. Quem já iniciou a vida profissional no serviço público, coisa muito comum em Brasília, não tem noção do tamanho da ineficiência e da mediocridade, da sacanagem mesmo. Essas pessoas não têm parâmetro para comparar. Mas quem já teve bons empregos no setor privado, como eu, sofre demais. Ressalto que bom emprego no setor privado está longe de apenas pagar um bom salário. Já fui muito feliz profissionalmente em locais que me pagavam muito mal, mas o trabalho era pura curtição. Para mim, ter um bom emprego é integrar uma boa equipe, com colegas competentes e comprometidos, com chefes qualificados, fazer um trabalho que dá orgulho, ser reconhecido pela dedicação e pelo resultado do trabalho realizado. Tudo isso é o extremo oposto do que tenho na Firma. Tenho que admitir. Vendi a alma ao diabo, ops, ao serviço público, em troca de salário razoável, carga horária pequena, bom plano de saúde, mais meia dúzia de dois ou três benefícios e a tão sonhada estabilidade. Realmente é muito bom ter total segurança para tocar projetos de longo prazo, embora até hoje não tenha colocado em prática nenhum. Mas o preço dessa segurança é bem salgado! O seguro do meu carro vence nos próximos dias. Como nunca usei, sempre fico na dúvida se vale a pena renovar. É igual ao meu emprego público. Sempre fico em dúvida se vale a pena continuar. Há seis anos renovo o seguro e continuo na Firma. Mas ainda me pergunto: vale a pena?
A Firma 1
Esta semana não postei nada. Não por falta de mau humor ou assunto. Foi falta de tempo mesmo. A semana foi cheia de trabalho e compromissos domésticos, maternais e pessoais. O pouco de tempo que sobrou dediquei à preguiça. Como a semana foi agitada! Principalmente na Firma. Após menos de um ano no cargo máximo do setor, chefe pediu demissão. Tivemos uma longa é ótima conversa. Resumindo os motivos do pedido de demissão ele soltou a seguinte frase: “Não tenho mais idade para ser infeliz no trabalho. Saio por amor próprio” Senti como se tivesse levado um soco. Por diversas razões. Inclusive por pensar no meu futuro na Firma. Lamentei a saída dele de verdade, principalmente por ocorrer tão pouco tempo depois de ter tido a oportunidade de conhecê-lo um pouco melhor. Pensei muito sobre o assunto. Concluí que uma grande diferença entre o comissionado e o servidor concursado é a coragem de chutar o balde. O detentor de um alto cargo de confiança antecipa uma saída que é tida como certa, mais dia menos dia. Antecipa a saída em nome da dignidade. O servidor tem muito mais a perder. É uma espécie de escravidão. É como um casamento em que a mulher fica com um marido rico que ela não gosta para ter segurança financeira, mas vive infeliz e oprimida. O marido não é de todo ruim. É distante, tem amantes, não te dá atenção. Por outro lado, é bom provedor, responsável, não é agressivo. Depois de uma certa idade, dar um pé na bunda desse marido e voltar para “guerra”, além de ser muito assustador, dá uma preguiça, um desânimo...
domingo, 11 de abril de 2010
SEM ASSUNTO
Apesar de ter sido acordada antes das oito da madrugada, estou de ótimo humor nesse domingão de muito sol. Por isso não tenho o que escrever por aqui. Pelos menos por enquanto. Dia de jogo Mengão x Vasquim é sempre motivo de tensão em casa. O tempo pode fechar.
sábado, 10 de abril de 2010
CQChata
Sou daquelas que quando ficam puta com alguma coisa, qualquer coisa, mando e-mail. Mando e-mail para o fabricante, para a loja, para o programa de televisão, para os amigos, faço comentário nos jornais e no blog dos outros, boto mensagem no twitter e agora escrevo aqui. Ninguém lê porra nenhuma, mas escrevo assim mesmo. Já disse que esse blog é uma terapia alternativa. Meu alvo da semana foi a mulherzinha insuportável do CQC. Não sei o nome dela nem vou pesquisar no google. Não importa. Só tem uma mesmo. No dia seguinte ao último programa, entrei no site do CQC e escrevi no “Fale no Conosco”. Adooooro Fale Conosco! Pô, o CQC é uma das pouquíssimas coisas que gosto de ver na tv aberta e vem essa mulher me irritar? Além de ser muito, mas muuuuito sem graça e ter aquele sotaque paulista do interior insuportável, a bicha é péssima fazendo entrevista. “Renan (Calheiros) você blá blá blá...” “Ô (presidente) Lula!” “Ô Dilma (Rouseff)!” “Patrus (Ananias) você acha que...” Que é isso minha filha? Tenha um pouquinho mais de respeito. Não importa se o cara do colarinho branco é mocinho ou bandido. Autoridade e idosos a gente chama de senhor e ponto final. Esse desrespeito e falsa intimidade soam muito mal. Sou chata mesmo! Os outros CQCs fazem isso. Ver o Danilo Gentili sacanear os parlamentares é uma delícia, até um alento. Ele faz isso com muita inteligência, demonstra que acompanha o noticiário político, o que torna suas perguntas ainda mais incômodas para os nossos congressistas. Ele fica ainda mais engraçado porque, além do talento, desmonta as autoridades com respeito e ELEGÂNCIA. Esse é o meu Proteste Já! Toda vez que essa moça tosca aparecer na minha tv vou mudar de canal.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
CRIANÇAS MÁS
Minha filha não se cansa de me trazer situações inusitadas. Há dois anos ela me pediu 32 reais. Estava triste e muito séria.
- Pra que minha filha?
- Eu preciso.
- Eu preciso saber pra que.
- Se eu não der 32 reais pro fulano ele vai contar meu maior segredo pra todo mundo (disse quase chorando).
- Como é que é?
- É. Ele vai dizer pra todo mundo que eu gosto do Adalberto (nome fictício, claro! Nenhuma criança se chama Adalberto).
A negociação do preço para chegar em 32 reais foi surreal! Fui na escola. Conversei com a coordenadora e soube que o fulano estava exigindo dinheiro de vários coleguinhas para não contar os "podres" da galera. Resultado: uma peste de 8 anos foi condenada a pena de uma semana de suspensão por extorquir os coleguinhas. Soube também que ele já não era primário. Esse menino promete! Será que é filho do Arruda? Bem, essa semana minha filha me veio com mais uma inacreditável. De novo estava muito triste a apreensiva, quase desesperada.
- O que houve filha?
- Recebi uma ligação anônima no meu celular. A garota disse que se eu dedurasse a Duda de novo eu ia sair da escola de ambulância. Eu nem sei quem é Duda!
Fiquei tensa. Chegando em casa, peguei o celular dela, vi o número e liguei do meu celular. Quando me identifiquei, a menina desligou a ligação e o celular. Mandei uma mensagem: "Eu sou a mãe da menina de dez anos que você ligou ameaçando mandar para o hospital. Vou passar seu telefone para a direção da escola e pedir uma reunião com seus pais".
A menina mandou mensagem de volta dizendo que não estudava na mesma escola. Mandei de volta. "Ou vc me liga para eu falar com seus pais ou vou levar o caso para polícia. O que você fez é muito grave".
A menina:
"A senhora me desculpa. Eu liguei de novo para sua filha dizendo que era uma brincadeira sem graça. Eu também tenho 10 anos. Nem consigo abrir uma coca-cola sozinha".
Quando li essa da coca-cola, quase morri de rir. A menina mandou várias mensagens pedindo desculpa. Eu disse à minha filha que não ia ficar trocando mensagem com criança. Até que a menina me ligou, explicou a estória. Ela estava desesperada. Paguei um sapo, expliquei a gravidade da brincadeira e encerrei o caso.
Situações como essas explicam o ditado: " Ser mãe é padecer no paraíso!"
- Pra que minha filha?
- Eu preciso.
- Eu preciso saber pra que.
- Se eu não der 32 reais pro fulano ele vai contar meu maior segredo pra todo mundo (disse quase chorando).
- Como é que é?
- É. Ele vai dizer pra todo mundo que eu gosto do Adalberto (nome fictício, claro! Nenhuma criança se chama Adalberto).
A negociação do preço para chegar em 32 reais foi surreal! Fui na escola. Conversei com a coordenadora e soube que o fulano estava exigindo dinheiro de vários coleguinhas para não contar os "podres" da galera. Resultado: uma peste de 8 anos foi condenada a pena de uma semana de suspensão por extorquir os coleguinhas. Soube também que ele já não era primário. Esse menino promete! Será que é filho do Arruda? Bem, essa semana minha filha me veio com mais uma inacreditável. De novo estava muito triste a apreensiva, quase desesperada.
- O que houve filha?
- Recebi uma ligação anônima no meu celular. A garota disse que se eu dedurasse a Duda de novo eu ia sair da escola de ambulância. Eu nem sei quem é Duda!
Fiquei tensa. Chegando em casa, peguei o celular dela, vi o número e liguei do meu celular. Quando me identifiquei, a menina desligou a ligação e o celular. Mandei uma mensagem: "Eu sou a mãe da menina de dez anos que você ligou ameaçando mandar para o hospital. Vou passar seu telefone para a direção da escola e pedir uma reunião com seus pais".
A menina mandou mensagem de volta dizendo que não estudava na mesma escola. Mandei de volta. "Ou vc me liga para eu falar com seus pais ou vou levar o caso para polícia. O que você fez é muito grave".
A menina:
"A senhora me desculpa. Eu liguei de novo para sua filha dizendo que era uma brincadeira sem graça. Eu também tenho 10 anos. Nem consigo abrir uma coca-cola sozinha".
Quando li essa da coca-cola, quase morri de rir. A menina mandou várias mensagens pedindo desculpa. Eu disse à minha filha que não ia ficar trocando mensagem com criança. Até que a menina me ligou, explicou a estória. Ela estava desesperada. Paguei um sapo, expliquei a gravidade da brincadeira e encerrei o caso.
Situações como essas explicam o ditado: " Ser mãe é padecer no paraíso!"
MAX GEHRINGER
Max Gehringer, aquele consultor de sei lá o quê que aparece no Fantástico e fala na CBN, tem grande responsabilidade pelo meu mau humor de hoje. Ontem assisti a uma palestra da figura aqui na “firma”. O bicho pegando, funcionários em depressão, sacanagem rolando solta e a política de RH é trazer Max Gehringer pra contar lorota. Parecia estar num episódio de Além da Imaginação. Foi um tanto insólito. Ele apresentou um powerpoint bem chinfrim com o nome dele. “Coloquei meu nome aí porque ninguém sabe onde enfiar o H.” Platéia lesa: hahahahahahahahaha. (Eu sei onde ele deve enfiar o H). Lorota vai, lorota vem, ele solta a pérola “porque homem não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo que nem as mulheres. Somos mono alguma coisa e as mulheres pluri alguma coisa”. Platéia lesada: hahahahahahahaha. Pensei em ir embora, mas sabia que se eu levantasse o cara ia fazer alguma gracinha sem graça. Resisti. Pensei: ele é mesmo um gênio. Não tem nenhum conhecimento técnico relevante, como o próprio admitiu (formado em administração por uma faculdade qualquer e meia dúzia de cursos no Senac) e ganha rios de dinheiro falando o óbvio e contando piada velha. Um gênio! Mas tirei um ensinamento importante dali, que veio não do Gehringer, mas da avó dele. Ele disse que ao chegar em casa depois do primeiro dia de trabalho no primeiro emprego a ‘nona’ perguntou “o pessoal gostaram de você?” Platéia lesa: hahahahahahahaha. Muito provavelmente a estorinha era invenção, mas pesquei algo de interessante nisso. “O PESSOAL GOSTARAM DE VOCÊ?”. Pensei muito sobre isso. Essa é a chave do sucesso. O pessoal tem que gostar de você. Numa rápida reflexão, lembrei que em todos os lugares onde fui feliz no trabalho o pessoal gostava de mim, não só os colegas, mas os chefes. Aqui na “firma” quase ninguém gosta de mim, nem os colegas muito menos os chefes. Sou ranzinza. Ninguém gosta de gente ranzinza, crítica e metida a besta. Agora que descobri a chave do sucesso, é só confeccionar a máscara.
APRESENTAÇÃO
Meu mau humor é tão grande que precisa ser desovado. Hoje cedo dirigi na faixa da esquerda a 40km/h para compartilhar meu mau humor com o mundo, mas não foi suficiente. Só cinco buzinaram. Brasília às sextas-feiras, antes das 9hs, nas imediações da Esplanada, é um deserto. No fim de semana vira cidade fantasma. Chego no trabalho, abro a internet, mais mau humor. Cansei de reclamar dos erros e bizarrices. Cansei de conspirar contra o universo com os amigos tão mal humorados quanto eu. Resolvi escrever. Desembucho e não alimento a fama de fazer o Muricy Ramalho parecer muito simpático quando comparado a mim. Essa é mais uma tentativa terapêutica de me tornar uma pessoa menos agressiva, já que terapia convencional associada ao uso de drogas lícitas e outras com restrições de uso não está adiantando. É assim que surge este blog.
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