sábado, 17 de abril de 2010

A Firma 1

Esta semana não postei nada. Não por falta de mau humor ou assunto. Foi falta de tempo mesmo. A semana foi cheia de trabalho e compromissos domésticos, maternais e pessoais. O pouco de tempo que sobrou dediquei à preguiça. Como a semana foi agitada! Principalmente na Firma. Após menos de um ano no cargo máximo do setor, chefe pediu demissão. Tivemos uma longa é ótima conversa. Resumindo os motivos do pedido de demissão ele soltou a seguinte frase: “Não tenho mais idade para ser infeliz no trabalho. Saio por amor próprio” Senti como se tivesse levado um soco. Por diversas razões. Inclusive por pensar no meu futuro na Firma. Lamentei a saída dele de verdade, principalmente por ocorrer tão pouco tempo depois de ter tido a oportunidade de conhecê-lo um pouco melhor. Pensei muito sobre o assunto. Concluí que uma grande diferença entre o comissionado e o servidor concursado é a coragem de chutar o balde. O detentor de um alto cargo de confiança antecipa uma saída que é tida como certa, mais dia menos dia. Antecipa a saída em nome da dignidade. O servidor tem muito mais a perder. É uma espécie de escravidão. É como um casamento em que a mulher fica com um marido rico que ela não gosta para ter segurança financeira, mas vive infeliz e oprimida. O marido não é de todo ruim. É distante, tem amantes, não te dá atenção. Por outro lado, é bom provedor, responsável, não é agressivo. Depois de uma certa idade, dar um pé na bunda desse marido e voltar para “guerra”, além de ser muito assustador, dá uma preguiça, um desânimo...

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